O motivo da dúvida das pessoas que não sabem se carne de porco é remosa, varia bastante e pode ser o seu caso. Vamos aprender mais sobre o assunto agora?
Considerando a evolução da indústria dos alimentos, desde a criação, abate e comercialização, hoje você tem opções bastante seguras. Porém, é compreensível ficar em dúvida na hora de consumir uma proteína que talvez possa ser prejudicial, né?
Então, meu papel é “separar o joio do trigo”, ou seja, mostrar as verdades e os mitos dessa realidade. Eu recomendo demais a leitura se você não quer mais ter dúvidas!
E então, carne de porco é remosa? O que é verdade e o que é mito?
A verdade sobre a carne de porco ser remosa está mais ligada ao imaginário das pessoas do que à realidade. Isso porque existe uma crença popular de que carne suína deve ser evitada na maioria das situações, como um pós-operatório.
Outro contexto muito debatido é quanto à cicatrização de lesões, cortes e até mesmo de tatuagens. Então, eu prometo a você que eu pesquisei, conferi vídeos, li artigos, até mesmo científicos, e cheguei a uma conclusão.
Falando pessoalmente, eu não considero a carne de porco remosa. E quem diz que é remosa, normalmente deixa de considerar o significado do termo “remoso”.
O que é considerada carne remosa e por que o porco não se classifica?
Bem, há muita divergência e pouco estudo sobre o assunto. Vou assumir que você comprou um delicioso corte de porco e já podia sentir o aroma durante a cocção. Porém, quando você estava prestes a dar a primeira garfada, alguém levanta essa dúvida.
Vamos lá, no conceito popular, uma carne remosa tem algumas características bem específicas, como:
- Carne de animal que é carnívoro e, por consequente, tem uma alimentação baseada nessa dieta.
- A carne acaba então sendo contaminada por impurezas e bactérias da sua presa.
- Quantidades elevadas de gordura e proteínas distintas que têm capacidade inflamatória.
Um exemplo é o javali selvagem, que certamente tem uma alimentação ampla que pode o caracterizar como remoso.
Por outro lado, a carne de porco processada atualmente nunca terá as mesmas características do porco de antigamente, concorda? Primeiro porque a sua alimentação é baseada em ração comercial e ingredientes vegetais.
Esse tipo de ração é composta por milho, soja, trigo, cevada, farelo de arroz, suplementos vitamínicos e minerais. O tempo em que porcos se alimentavam de “lavagem” ficou no passado, especialmente na indústria moderna.
Em contrapartida, se você compra o porco direto da roça, o famoso porco caipira, aí sim fica difícil determinar. Acontece que a alimentação podia realçar os níveis de gordura do animal, criando a ideia de ser uma carne suja.
Agora, se tem receio de consumir carne suína porque está no pós-operatório ou em processo de cicatrização, aguarde. Espere esse período passar e volte a consumir normalmente, porque porco não é remoso. Dá uma olhada nesse vídeo aqui:
Quais os tipos de carnes remosas?
Por incrível que pareça, algumas das principais carnes consideradas remosas são frutos do mar, acredita? Sabe aquele petisco de frutos do mar irresistível? Então, esse alimento não é recomendado durante a cicatrização e pós-operatório.
Claro, nos primeiros 3 a 4 dias, depois está liberado. Isso porque algumas espécies muito consumidas na culinária moderna, têm hábitos alimentares inusitados, pois se alimentam de carcaças em decomposição.
Frutos do mar que podem ser considerados remosos
- Camarão: algumas espécies de camarão realizam uma verdadeira limpeza em carcaças de outros animais. Duas espécies conhecidas por esse hábito são o camarão-de-peneira e o camarão-limpador.
- Caranguejo: o famoso caranguejo-do-coqueiro e os caranguejos eremitas, são espécies que devoram carcaças. Logo, para quem não quer se arriscar, é bom partir para outras espécies.
- Lagosta: você gosta de comer lagosta-azul? E que tal a lagosta americana? Então, ambas as espécies compartilham desse hábito.
“Nossa, quer dizer que eu não posso comer essas espécies?”. Não necessariamente, mas de acordo com recomendação médica, é bom evitar durante determinados procedimentos cirúrgicos, em especial aqueles mais invasivos.
Carnes consideradas remosas que exigem atenção ao consumo
- Carne de cabrito: o sabor forte característico e o nível de gordura elevado, associam a carne de cabrito a algo remoso. Porém, desde que a criação, alimentação e abate sejam seguros, não há riscos.
- Carne de caça: entre as carnes de caça, você encontra cervo, búfalo, jacaré e até avestruz. São carnes incomuns que criam a sensação de uma carne ruim para o consumo, mas nem sempre.
- Carne de javali/javaporco: eu gostaria de destacar mais o javaporco, que é o cruzamento de javali e porco. Isso acontece frequentemente de maneira natural, mas é necessário atenção à sua criação.
Como identificar uma carne remosa?
Você pode encarar uma carne por horas, mas ainda assim não identificar a sua remosidade. Primeiro, isso não é algo evidente, a exemplo do presunto estragado, que você vê de longe que estragou.
E outra, volto a repetir que isso está mais na cultura da culinária local do que propriamente na carne. Contudo, eu consegui elencar alguns pequenos sinais rápidos que podem indicar remosidade.
Basta você aliar isso às dicas anteriores, ou seja, utilizando o contexto de cada carne, e tirar suas conclusões:
- Textura e consistência ressecadas, indicando uma carne passada.
- Baixos níveis de suculência mostram que a umidade da carne acabou.
- Sabor e odor descaracterizados daquilo que você esperava.
- Carnes mais difíceis de cozinhar levantam um ponto de interrogação.
Quase ninguém fala, mas se você considerar tudo que eu abordei hoje, verá que até o “frango pode ser remoso”. Sabe quando você pega frango caipira e deixa, sei lá, dias na geladeira, mas quando vai usar, você encontra:
- Aquela viscosidade super desagradável.
- Gordura ultra amarelada.
- Cheiro forte que não é natural da ave.
- Uma textura limosa e que impregna nos dedos.
Já aconteceu com você? Então, esse frango pode ser considerado remoso, mas apenas porque se deteriorou a ponto de apresentar as características, compreende?
O que os médicos especialistas aconselham + sugestão para aumentar a segurança na alimentação
Agora que você já viu que a carne de porco é remosa apenas na teoria, é hora de passar uma dica pontual. Não importa a sua condição, como um pós-operatório, uma cicatrização mais delicada ou algo ainda mais invasivo, tudo tem solução.
Eu diria, portanto, que o bom senso é a sua melhor base de decisão. Por exemplo, você não vai se empanturrar de pernil ou lombo nessa situação, concorda?
O recomendado na verdade é se abster de tudo, inclusive, doces, sal em excesso e gorduras. Não adianta nada deixar a carne de porco de lado, mas se esbaldar em um bolo feito com muita manteiga.
Isso também vale para os frutos do mar. Quer fazer uma feijoada de frutos do mar maravilhosa? Sem problemas, espere esse primeiro momento passar e crie uma receita irresistível, mas no momento certo!
SUGESTÃO DE ESPECIALISTAS: as pessoas costumam falar de forma superficial, apenas. Mas cada caso é um caso e merece atenção especial. Por isso, dê ouvidos apenas ao responsável pelo seu caso, seja médico ou outro profissional autoridade no assunto. Por fim, visite um profissional nutricionista, aí sim você terá plena segurança!
A carne de porco é remosa apenas no imaginário das pessoas
Pegou a essência do assunto a ponto de entender que carne de porco é remosa apenas em alguns casos pontuais? Compre de fontes confiáveis e cozinhe corretamente, ou seja, no ponto de cocção ideal, não tem como errar.
No mais, seja feliz com as oportunidades de comer pratos diferentes. Afinal, se tem gente que come até carne sintética, o que uma paleta suína pode causar, né?
Espero muito que tenha gostado das minhas dicas, que as informações ajudem você a consumir tudo com muita segurança. Até a próxima!