Como é feito o socol?

Você já ouviu falar do socol, aquele embutido típico do Espírito Santo que conquista paladares por todo o Brasil? Se você chegou até aqui, provavelmente já se deparou com essa iguaria e quer saber mais. Ou, quem sabe, você até experimentou e ficou com aquela dúvida: “Mas afinal, como é feito o socol?”

Muitas pessoas, ao provar o alimento, se fascinam com o sabor suave e a textura delicada. Entretanto, ao tentarem descobrir como o preparam, encontram informações confusas, principalmente porque o método de produção segue um processo artesanal e cheio de detalhes.

Mas não se preocupe! Neste artigo, explicaremos o processo de produção do socol, desmistificando todas as etapas de forma clara. Portanto, continue a leitura.

O que é o socol?

Como é feito o socol

Antes de entender como é feito o socol, vale a pena conhecer essa iguaria e um pouco da sua história.

O socol é um embutido italiano, originário da região do Vêneto, muito parecido com o presunto cru. Assim, imigrantes trouxeram essa delícia para o Brasil, onde produtores artesanais a elaboram, especialmente na Serra Gaúcha e no Espírito Santo.

O produto se destaca pela qualidade e simplicidade dos ingredientes, que incluem cortes nobres de carne de porco, principalmente o lombo, além de temperos como sal e alho.

Mas o que diferencia esse alimento dos demais embutidos? A resposta está no método de preparo e na maturação, que pode durar meses até atingir o ponto ideal de consumo.

Como é feito o socol?

Agora sim, vamos ao que interessa: o passo a passo de como é feito o socol. Em primeiro lugar, é importante lembrar que o preparo envolve várias etapas, e cada uma é essencial para garantir a qualidade final do produto.

1. Escolha da carne e dos temperos

O primeiro passo para produzir um bom socol consiste em selecionar uma peça de carne suína de alta qualidade, geralmente o lombo ou o pescoço do porco. A tradição envolve usar animais bem alimentados e criados de forma natural, o que contribui diretamente para o sabor final do embutido.

Em seguida, o produtor limpa a carne com cuidado, retirando o excesso de gordura, e a tempera. O sal grosso serve como o principal ingrediente, essencial para o processo de cura.

Em algumas receitas, adicionam alho, pimenta-do-reino e até um toque de vinho, mas o tempero do socol permanece simples, permitindo que o sabor da carne brilhe. O responsável pelo preparo massageia bem a carne para que os temperos penetrem profundamente.

2. Cura e secagem

Após o tempero, o produtor envolve a carne em um tecido de algodão, uma prática tradicional na cultura do socol. Em seguida, ele pendura a peça em um ambiente fresco e seco para iniciar o processo de cura. Nessa etapa, a carne perde boa parte de sua umidade, concentrando sabores e se preservando por longos períodos.

O local da cura é muito importante, pois deve oferecer ventilação adequada e uma temperatura controlada, geralmente abaixo dos 15°C.

A carne permanece em cura por várias semanas, e em algumas regiões do Espírito Santo, o processo dura até 90 dias. Durante esse tempo, o embutido ganha o sabor levemente salgado e uma textura que se desmancha na boca.

3. Maturação: o segredo do sabor

O diferencial do socol está no tempo. Após a cura, ele passa por um período de maturação, que varia de 2 a 6 meses. Durante essa fase, a carne absorve ainda mais os temperos, e a textura se modifica, tornando-se mais firme, mas macia.

A maturação ocorre em ambientes escuros, com controle rigoroso de umidade. Famílias produtoras costumam manter câmaras de maturação onde a carne curada fica pendurada, criando o aroma típico de charcutaria.

E aqui está o segredo: quanto mais tempo o embutido matura, mais intenso fica o sabor. Por isso, versões mais envelhecidas costumam agradar aos que apreciam embutidos com paladar robusto.

Dicas de consumo

Depois de conhecer todo o processo, você deve estar se perguntando: “Como posso aproveitar melhor essa iguaria?”

A resposta é simples: esse embutido é extremamente versátil e pode ser consumido de várias formas.

  • Fatiado bem fino: A maneira mais tradicional de servir o socol é fatiá-lo bem fino, quase como um carpaccio. Ele vai muito bem como entrada, acompanhado de pães, queijos ou azeites de boa qualidade;
  • Em tábuas de frios: Em uma tábua de frios, o embutido brilha! Ele harmoniza perfeitamente com outros embutidos, queijos e frutas secas, criando uma combinação ideal para momentos especiais;
  • Na culinária: Além de ser consumido puro, o alimento pode incrementar receitas como massas, risotos e até pizzas, adicionando um toque sofisticado a pratos simples.

Onde encontrar o socol?

Se você ficou com vontade de provar o socol, a boa notícia é que ele está cada vez mais disponível em diversos lugares do Brasil. No Espírito Santo, você o encontra facilmente em feiras e mercados locais. Fora do estado, muitos empórios e lojas especializadas em produtos artesanais já oferecem essa iguaria.

Com o crescimento da sua popularidade, várias lojas online passaram a oferecer a iguaria com entrega para todo o Brasil. Então, não há desculpa para não experimentar!

Conclusão

Agora que você aprendeu como se prepara o socol e o que o torna tão especial, procure essa iguaria e experimente o sabor de uma tradição que passa por gerações.

Seja em uma tábua de frios, fatiado fino ou como complemento para seus pratos favoritos, esse embutido certamente vai conquistar seu paladar.

E você, já provou o socol? Como foi sua experiência? Compartilhe conosco nos comentários!

Obrigada por nos acompanhar até aqui. Boa sorte e até a próxima!